Quando fazemos uma dieta detox, optamos por uma restritiva de açúcar, frituras e gorduras saturadas para limpar as toxinas e restabelecer o equilíbrio natural
Há três tipos de envelhecimento: o biológico, o social e o psicológico
Uma alimentação equilibrada com proporções adequadas (40% carboidrato, 30% proteínas e 30% gordura) com alimentos saudáveis, como verduras, legumes e frutas, beneficia bastante a saúde da pele, assim como todo o organismo.
O envelhecimento é um processo natural que ocorre durante toda a vida, provocando mudanças associadas à passagem do tempo, que pode variar de pessoa para pessoa, sendo determinado tanto por fatores internos quanto externos, como estilo de vida, características do meio ambiente, as condições de saúde e a dieta de cada um.
Os dermocosméticos com ação detox são responsáveis por estimular a renovação celular, remover as impurezas e deixar a pele mais limpa e iluminada, reduzindo os processos inflamatórios, devendo ter seu uso estimulado a partir dos 25 anos.
A Vitamina C é um poderoso antioxidante, ao reduzir danos causados pelos radicais livres decorrentes da exposição da pele à poluição, radiação UV e infravermelha. Você pode incluir este ativo em todas as fases de cuidados da pele, desde a higienização até a proteção solar.
Enquanto isso, a Vitamina E, presente em grãos e sementes oleaginosas, também pode impedir danos causados pelos radicais livres.
Os alimentos com antioxidantes que ajudam nestes processos, atuando da cabeça aos pés devem ter seu consumo estimulado!
São vários alimentos com tal ação, como o Açafrão ou cúrcuma, aveia, azeite de oliva, chá de cavalinha, centelha asiática, dente de leão, frutas cítricas, frutas vermelhas, linhaça, mamão, abacaxi, melão, óleo de gergelim, pepino, peixes, sálvia, semente de abóbora e suco de uva natural.
Glicação é quando açúcares “açúcar proteínas” (também se usa a expressão “caramelizam as proteínas“), alterando a sua estrutura e função.
A glicação é o processo em que as moléculas de açúcares e carboidratos unem-se a uma proteína, formando os “produtos de glicação avançada” (AGEs, do inglês: Advanced glycation End-Products), fazendo com que ela não consiga mais desempenhar seu papel no organismo, perdendo sua função biológica e tornando-a tão prejudicial quanto os radicais livres.
A ligação de açúcares no colágeno e a dificuldade da pele em renová-lo acelera o envelhecimento. “Esta ação é tão agressiva, quanto a dos radicais livres, promovendo rugas, perda de elasticidade e de tonicidade”.
Na busca por um tratamento rejuvenescedor da pele, uma das apostas é a associação de produtos antiglicantes aos antioxidantes.
Os antiglicantes são capazes de reverter esse processo e frear o envelhecimento, melhorando o aspecto visual do rosto e a saúde da pele.
Os dermocosméticos antiglicantes atuam impedindo que essa união entre açúcar e proteína ocorra, minimizando o envelhecimento precoce, devolvendo a firmeza, a flexibilidade, prevenindo o aparecimento de rugas e revitalizando os contornos do rosto e da pele, conferindo uma aparência mais jovem.
Para baixar o índice de glicação é importante planejar a redução de consumo dos carboidratos refinados, como o pão branco, farinha de trigo, biscoitos, bolachas, macarrão e massas. Prefira também os carboidratos complexos (nozes, vegetais, feijão, arroz integral, aveia e milho); estes demoram muito mais para virar açúcar no sangue.
A fotoproteção é fundamental; para tal, use o FPS 50 ou 70 com capacidade de reduzir a oxidação, glicação e irritação da pele, de preferência resistente à água. É importante ter associado a vitamina C e o ácido hialurônico que hidrata e preenche as rugas.
Porém, quando nos referimos a uma dieta antiglicante, são poucos alimentos considerados verdadeiramente antiglicantes.
Até mesmo em relação à canela, cujos efeitos no metabolismo glicídico são bastante citados, mas controversos.
Os compostos fenólicos (são abundantes em frutas, vegetais e alimentos derivados dos mesmos) parecem ser os melhores candidatos.
Na prática, para um efeito antiglicante na dieta, devemos principalmente considerar a proporção entre carboidratos (C) e proteínas (P) da dieta (C/P).
Para não elevar a glicemia e não glicar, a dica segundo especialistas é manter a relação entre carboidratos/proteínas da dieta, igual ou menor do que 1,3. Em termos práticos, calculamos 40% de carboidratos, 30% de proteína e 30% de gordura em uma dieta. Isso é um aprendizado longo, que deve ser adquirido aos poucos.
Como a glicemia aumentada eleva a insulina, uma dieta antiglicante é, em última análise, uma dieta para controle da insulina.
Como a insulina é pró-inflamatória, mantendo-a baixa, a dieta será também anti-inflamatória.
Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.
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