Melatonina, uma luz na escuridão

Melatonina, uma luz na escuridão

(foto: Pexels)

A melatonina é considerada o hormônio do sono, mas na verdade é o hormônio da escuridão e tem revolucionado várias áreas na medicina

Quando o indivíduo acorda e recebe a luz intensa do sol da manhã a melatonina se transforma em serotonina, hormônio do bom humor (foto: Reprodução/Pixabay)

A melatonina, conhecida como hormônio do sono, é uma molécula antiga e onipresente na natureza, apresentando múltiplos mecanismos de ação e funções em praticamente todo organismo vivo.

A escuridão é o requisito absoluto para a sua produção e liberação, enquanto a luz é responsável pela sua supressão. A concentração de melatonina no sangue e nas células é cerca de 3 a 10 vezes maior à noite.

Trata-se de um neuro hormônio produzido principalmente pela glândula pineal, mas também, pelo trato gastrointestinal, olhos, pulmões, pele, rins, fígado, tireóide, timo, pâncreas e sistema imune, sendo metabolizada nos rins e no fígado.

Quimicamente, é uma indolamina sintetizada a partir do triptofano (aminoácido essencial encontrado em alimentos como leite e laticínios, nozes, castanhas, batatas e frutas como banana e abacate) com uma capacidade de atravessar facilmente as membranas celulares por difusão.

Em consequência, a melatonina não é armazenada no interior do pinealócito, sendo imediatamente liberada nos capilares sanguíneos que irrigam a glândula pineal após a sua formação.

A glândula pineal participa na organização temporal dos ritmos biológicos, atuando como mediadora entre o ciclo claro-escuro e os processos regulatórios fisiológicos, incluindo a regulação endócrina da reprodução, regulação dos ciclos de atividade-repouso e sono-vigília, regulação do sistema imunológico, entre outros.

Diferentemente dos hormônios dependentes do eixo hipotálamo-hipofisário, a produção de melatonina não está sujeita a mecanismos de retroalimentação (feedback negativo) sendo que, portanto, a sua concentração plasmática não regula sua própria produção, isto quer dizer que usar melatonina de forma exógena não influencia na produção endógena (natural) da mesma. 

Nos EUA, o FDA (Food and Drug Administration) não considera a melatonina como um medicamento e a categoriza como um suplemento alimentar. Isso dificulta muito uma padronização, pois dessa forma pode haver várias formulações, sintéticas ou naturais, com modo de apresentação e dosagem diferentes.

No Brasil, desde outubro de 2021, houve uma liberação para formulação em farmácias de manipulação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na forma de suplemento alimentar.

Algumas pessoas recorrem à melatonina sem recomendação médica devido a estas características, utilizando principalmente em casos de jet lag (desregulação do sono que ocorre após uma viagem no qual ultrapassamos vários fusos horários) ou em casos extremamente específicos de insônia.

O problema é que ela nem sempre é a solução se o problema for comportamental, pois ela apenas ajuda na indução do sono e não na manutenção.

Quando o indivíduo acorda e recebe a luz intensa do sol da manhã a melatonina se transforma em serotonina, hormônio do bom humor.

A secreção da melatonina pode estar alterada em algumas condições, tais como: exposição excessiva à luz à noite, período menstrual, em alguns idosos e em casos de depressão sazonal.

Diversos estudos já enfatizaram a sua capacidade em eliminar radicais livres a ajudar no manejo de diversos males tais como câncer, doenças imunológicas, doença de Alzheimer, diabetes e infecções virais, além de promover imunidade, regular a pressão arterial, combater a enxaqueca e gerar um efeito antidepressivo.

A Agomelatina é o primeiro fármaco antidepressivo que apresenta um mecanismo de ação totalmente novo ao possuir uma ação agonista sobre os receptores de melatonina (MT1/MT2) e uma ação antagonista sobre os receptores de serotonina (5-HT2C).

É utilizada para tratar a depressão grave, habitualmente administrada uma vez por dia, antes de deitar, ajudando na correção dos distúrbios nos ritmos circadianos, associados frequentemente à depressão com características próximas de antidepressivo ideal.

Durante o envelhecimento a produção de melatonina sofre um declínio gradual, principalmente em idade superior a 75 anos, onde a síntese nas 24 horas é somente uma pequena fração daquele observado nas pessoas mais jovens com menos de 30 anos, o que faz atribuir à melatonina um possível papel nas fases iniciais e no desenvolvimento das doenças degenerativas da idade.

Quais fatores levam a redução da produção de melatonina?

A redução da produção de melatonina pode ser atribuída a vários fatores, como a carência nutricional, a associação de substâncias químicas e remédios, o estresse e o próprio processo de envelhecimento, como relatado.

Se você quer que a melatonina ajude-o a ter um bom sono, é necessário ter uma rotina diária.

Procure fazer as refeições na mesma hora de cada dia, dormir e acordar no mesmo horário, assim como outras tarefas do seu dia. Isso auxilia seu organismo a produzir melatonina sempre no mesmo horário.

A quebra do relógio biológico altera a liberação de cortisol, insulina, testosterona e hormônio do crescimento.

A melatonina é um antioxidante bastante potente quando comparado com outras substâncias da mesma categoria, como as vitaminas E e C, sendo capaz de prevenir danos celulares provocados por radicais livres.

Do mesmo modo, o consumo diário de melatonina pelos humanos a partir dos 30 ou 40 anos poderá prevenir – ou pelo menos retardar – doenças relacionadas ao envelhecimento decorrente dos radicais livres e dos processos inflamatórios.

Além disso, a melatonina é responsável pelo estabelecimento de um balanço energético adequado, principalmente pela ativação do tecido adiposo marrom e pela participação no processo de transformação do tecido adiposo branco em marrom (termogênico).

Evidências experimentais demonstram que a melatonina é necessária para a síntese, secreção e ação apropriadas da insulina podendo desencadear obesidade e diabetes tipo 2.

As primeiras correlações entre a glândula pineal e o combate ao câncer datam do final do século XIX , quando alguns médicos já ofereciam extratos de pineal a seus pacientes oncológicos.

No câncer de mama, a melatonina inibe as células-tronco  (CSCs) que representam um desafio, uma vez que estas células podem impulsionar o crescimento tumoral e são resistentes à quimioterapia.

A melatonina possui ações cronobióticas, analgésicas, anti inflamatórias e anti oxidante no tratamento da dor aguda e crônica, sendo cada vez mais prescrita no dia a dia do consultório.

Nos eventos reprodutivos como a formação dos folículos ovulatórios (foliculogênese), atrofia dos folículos (atresia folicular), ovulação, maturação dos óvulos e formação do corpo lúteo, há envolvimento de radicais livres.

Recentes estudos têm demonstrado que a qualidade dos óvulos e dos embriões depende não só da formação genética e cromossômica, mas também do ambiente onde os óvulos se desenvolvem (fluido folicular que envolve os oócitos antes da ovulação).

Grandes quantidades de melatonina são encontradas no fluido folicular periovulatório (líquido que envolve o óvulo dentro do folículo), com concentrações maiores do que no sangue periférico.

Assim, a melatonina, com sua ação antioxidante, é essencial e tem papel benéfico no processo reprodutivo, melhorando a qualidade oocitária em pacientes inférteis, com endometriose e SOP (síndrome dos ovários policísticos), apesar de benefícios limitados.

Segundo a Sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia (SBEM), acumulou-se, nos últimos 20 anos, sólidas evidências experimentais e algumas clínicas, sobre o importante papel da melatonina na regulação do metabolismo energético.

Dado o enorme avanço nas pesquisas sobre o papel fisiológico da melatonina, seu uso e de seus análogos farmacológicos como agentes terapêuticos na clínica médica tem se expandido enormemente, ainda que, em muitos casos, esteja em fase de experimentação clínica.

Alguns questionamentos existem como quando (idade)seria o momento certo de repor o hormônio, qual horário (quanto tempo antes de dormir), qual dose e qual apresentação (sintética ou natural).

Tendo em vista a ação crono terapêutica, o momento e regularidade do horário do uso noturno deve ser respeitado.

Nenhum suplemento ou medicamento deve ser usado sem a indicação de um profissional e isso se aplica à melatonina.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

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Mioma, culpado ou inocente?

Mioma, culpado ou inocente?

(foto: Pixabay)

Culpar o mioma uterino parece oportuno mas não adequado, pois a retirada do útero pode não resolver todos os problemas femininos, como muitos pensam!

O mioma é um problema de saúde pública decorrente dos elevados custos financeiros (bilhões de dólares nos Estados Unidos) pelas internações,  cirurgias de retirada dos miomas (miomectomia) e cirurgias de retirada do útero (histerectomia).

O mioma conceitualmente é um tumor sólido, benigno, monoclonal, que se origina no miométrio e é constituído de células de musculatura lisa, com predomínio de tecido fibroblástico conectivo.

Embora não esteja claro para muitas pessoas, o mioma nasce mioma e o câncer nasce de um câncer a partir de uma célula do útero ou do próprio mioma.

Neste caso, o câncer chama-se leiomiossarcoma e tem uma chance de ocorrer em até 1/10000 mulheres.

A incidência do mioma varia em função da idade e da raça, sendo estimada em 60% e 80% nas mulheres negras aos 35 anos e aos 50 anos, respectivamente. Já nas mulheres de raça branca, ele acomete 40% aos 35 anos e 70% aos 50 anos de idade.

Os miomas apresentam um contexto heredo-familiar com iniciação devido a fatores genéticos juntamente com fatores hormonais responsáveis pelo seu crescimento.

Os principais sintomas o mioma uterino, são:

  • O sangramento uterino anormal (SUA), 
  • a dor por isquemia (torção, degeneração aguda) ou; 
  • compressão de estruturas (bexiga, ureter, intestino e plexos nervosos) 

São os principais sintomas em função da localização, da quantidade e do tamanho dos miomas.

A incidência de mioma isolado em mulheres inférteis sem uma causa óbvia de infertilidade é estimada em apenas 1 a 2.4%, gerando alguns questionamentos:

– Se encontrarmos um mioma em uma mulher infértil, podemos concluir que existe uma relação direta entre estes problemas?

– Será que melhoramos a fertilidade removendo o mioma?

Sim! Existem alguns fundamentos científicos – apesar de o mioma estar associado a vários problemas -, que também provocam infertilidade, como endometriose, adenomiose, fator ovulatório, fator tubário e o fator masculino, que dificultam esta análise isolada.

Como é realizado o diagnóstico dos miomas?

O diagnóstico pode ser confirmado através de exames complementares, como o ultra-som (US), a histerossalpingografia (HSG) nos casos de infertilidade, a histerossonografia, a ressonância nuclear magnética (RNM) e a histeroscopia, que vão nos ajudar a definir o tamanho e a localização.

Em relação aos exames de diagnóstico, podemos fazer uma analogia do útero com uma casa.

Quando entramos pela porta da frente estamos fazendo uma histeroscopia; quando olhamos a casa pela janela estamos fazendo uma HSG; quando estamos avaliando a estrutura, encanamentos, estamos fazendo um US; e, por último, a RNM, ao mostrar tecidos e órgãos adjacentes, estaria analisando também o terreno onde se encontra a casa.

Difícil de acreditar mas a maior parte das pacientes com miomas é assintomática, sendo frequentes os achados de rotina em exames de US. Eles acabam se tornando o bode expiatório de alguns sintomas ginecológicos.

A histerectomia por miomatose continua sendo umas das cirurgias mais realizadas, apesar do surgimento de terapias medicamentosas, novas tecnologias, novas técnicas cirúrgicas e, principalmente, o advento da cirurgia robótica, que vem facilitando a conservação de úteros muito volumosos já condenados.

O útero apenas obedece às ordens dadas pelos ovários, muitas vezes os verdadeiros culpados! Desta forma precisamos bloquear os ovários ao invés de retirá-los juntamente com o útero.

Se você possui um mioma e deseja ter filhos, ou preservar o seu útero, procure uma segunda opinião antes de se submeter a uma cirurgia radical.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

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Histerectomia: procedimento do passado, presente ou futuro?

Histerectomia: procedimento do passado, presente ou futuro?

(foto: Pixabay)

Não é de hoje que vejo mulheres nos consultórios ginecológicos solicitando a histerectomia como se ela fosse a solução dos seus problemas

No Brasil, existe uma cultura por parte das mulheres e dos médicos de que o útero só serve para te dar filhos e provocar câncer no futuro.

Já na África, as mulheres acreditam na importância da manutenção do útero, pois culturalmente elas precisam sangrar até a menopausa (última menstruação).

A histerectomia (retirada do útero) constitui atualmente uma das cirurgias mais realizadas em todo o mundo, perdendo apenas para a cesariana.

A primeira proposta de histerectomia total abdominal foi descrita em 1843 por Charles Clay Manchester citado por Bachman, a qual apresentou resultados fatais. Em 1930, Richardson citou Broder et al, sistematizou o procedimento.

Nos Estados Unidos, mais de 600.000 histerectomias são realizadas a cada ano e acredita-se que mais de 20 milhões de americanas já foram submetidas a este procedimento.

As indicações por doenças benignas são responsáveis por 90% dos casos, ao passo que as doenças malignas representam apenas 10%.

O risco de mortalidade é considerado baixo em torno de 1 a 2 para cada 1000 intervenções, conseqüência direta dos progressos no tratamento das doenças clínicas associadas, dos cuidados pré e pós-operatórios, do uso adequado de hemotransfusão e antibióticos, bem como dos avanços nas técnicas cirúrgicas e anestésicas.

Apesar de ter se tornado uma cirurgia de baixo risco e relativamente segura na atualidade, a morbidade associada à histerectomia não é desprezível, por isso não pode ser banalizada e nem indicada a todas as pacientes.

As complicações pós-operatórias dependem da via utilizada, estimando-se que 25% das histerectomias vaginais e 50% das histerectomias abdominais cursem com algum tipo de complicação (infecção, trombose, lesões estruturais, sangramento entre outros).

A morbidade infecciosa representa uma das complicações mais importantes associadas à histerectomia, ocorrendo em frequência variável de 4-50% em função da via utilizada.

Diversos fatores de risco têm sido apontados para o desenvolvimento de infecção pós-operatória, como o baixo nível socioeconômico, a idade avançada, obesidade, diabetes, neoplasias malignas, tempo cirúrgico aumentado, hospitalização prolongada e uso de drenos.

O risco de trombose venosa profunda (TVP) durante uma histerectomia também depende de parâmetros como idade, porte cirúrgico, tempo cirúrgico, fatores de risco pessoal e familiar e indicação do procedimento (câncer).

A incidência de TVP em uma cirurgia abdominal varia de 10-42% sendo estimado em 23% na histerectomia abdominal.

O uso de anticoagulantes profiláticos juntamente com alguns cuidados estão associados a uma redução dos riscos.

Lesões do aparelho urinário (ureter e bexiga) e aparelho intestinal (reto e sigmoide) podem ocorrer em até 1% dos pacientes dependendo da indicação, da via e do tipo de cirurgia realizada com tratamento geralmente durante o mesmo tempo cirúrgico.

A hemorragia ocorre raramente após tais procedimentos, podendo ser necessário transfusões sanguíneas. A perda de sangue média é de 500 ml sendo maior na histerectomia abdominal e menor na vaginal.

A remoção do útero mesmo sem a remoção do ovário pode acelerar os sintomas da menopausa ao atrapalhar a vascularização do mesmo.

A histerectomia isoladamente não afeta a sexualidade, podendo até mesmo ajudar se existe um problema real. Importante orientar que não fique um buraco no local onde estava o útero!

Infelizmente a via abdominal continua sendo a mais frequentemente realizada e justificada de forma errada ao defenderem que o médico deve utilizar aquela via que ele faz melhor quando ele deveria ofertar a melhor e mais segura para a paciente.

A via laparoscópica ganhou popularidade nos últimos 20 anos, principalmente com o advento da robótica, apesar de ter sido descrita por Reich em 1989.

As indicações cirúrgicas são variadas, tais quais leiomiomatose uterina, adenomiose, prolapso uterino, tratamento sintomático da dor pélvica crônica e sangramento uterino anormal resistente ao tratamento médico.

A FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) definiu em 2011 que o sangramento uterino anormal em mulheres não grávidas deve ser classificado de acordo com a nova nomenclatura denominada PALM-COEIN, o qual separa as causas estruturais (pólipos, adenomiose, leiomiomas e malignidade) das não estruturais (coagulopatias, alterações ovulatórias, endometriais, outras não especificadas).

A principal contribuição ao meu ver foi enfatizar que os problemas estruturais e funcionais são distintos, mas podem coexistir e se potencializar.

Mesmo assim, a histerectomia continua sendo uma cirurgia muito realizada e desejada apesar de avanços com terapias medicamentosas e de tratamentos menos invasivos.

Devemos lembrar que o útero apenas obedece às ordens dadas pelos ovários!

Sendo assim, ao desligarmos os ovários ou retirá-los os problemas uterinos estariam resolvidos! Na prática não é fácil assim!

Desligamos os ovários com medicações capazes de bloquear o funcionamento completo ou parcial. É lógico que temos ônus e bônus que não serão discutidos aqui hoje.

A única indicação de retirada dos ovários são pacientes com risco genético de câncer de ovário e de mama antes dos 40 anos de idade. Nos outros casos teríamos uma mortalidade aumentada por problemas cardiovasculares e osteoporose no longo prazo!

Nos anos 2000, durante a minha pós-graduação na Bélgica, tive acesso a terapias ginecológicas minimamente invasivas pouco utilizadas hoje pelo custo elevado ou pela falta de treinamento.

Grande parte dos médicos ginecologistas e obstetras terminam hoje suas residências sem condições de realizar com segurança histerectomia por qualquer via que seja, precisando muitas vezes complementar sua formação com cursos de pós-graduação (laparoscopia, histeroscopia e cirurgia vaginal) como os da Faculdade Ciências Médicas de MG – FELUMA – no qual faço parte há 15 anos.

O resultado é uma estagnação ou retrocesso da ginecologia que insiste em realizar a mesma medicina que meus avós faziam na década de 50.

Precisamos manter a capacidade preventiva da especialidade ginecológica que quando bem realizada vai evitar uma histerectomia em 90% dos casos ao invés de acreditar que o futuro é a retirada de todos os úteros.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

Siga o Centro Avançado em Endometriose nas redes sociais para ver informações e dicas sobre a saúde da mulher.

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