Medicina assexuada e gaslighting médico

Medicina assexuada e gaslighting médico

Medicina assexuada e gaslighting médico

A dor do descrédito parece estar gerando um movimento inédito no Brasil,  trazendo um novo vocabulário que chega agora na medicina, o gaslighting médico.

O gaslighting seria um dano, abuso “leve” principalmente contra a mulher em uma medicina que para muitos continua sendo machista. Será?

Acredito que precisamos tentar conceituar bem para podermos entender e concordar ou não com este novo vocabulário e com a forma que vem sendo introduzido na mídia sem nenhuma “ciência” envolvida até o momento.

O abuso é uma relação onde existe violência/abuso verbal, emocional, psicológico, físico, sexual, financeiro e/ou tecnológico. Normalmente, como há diferença de poder é comum perder o limiar do que é aceitável ou não em função das demandas de um outro que a tudo comanda.

Já o descrédito consiste em diminuir o valor de alguém, desmerecendo.

Dano significa prejuízo, estrago que neste caso vem atrelado a moral configurando-se assim o dano moral que é quando uma pessoa se acha afetada em seu ânimo psíquico, moral e intelectual, seja por ofensa à sua honra, na sua privacidade, intimidade, imagem, nome ou em seu próprio corpo físico.

O termo gaslighting tem sido usado recentemente como uma violência psicológica sutil que causa instabilidade emocional, apesar de não ter esta exata conotação quando olhamos a forma como vinha sendo utilizado desde 1960 que descreve a manipulação do sentido de realidade de alguém, uma forma de abuso psicológico na qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade.

O termo deve a sua origem à peça teatral Gas Light e às suas adaptações para o cinema, quando então a palavra se popularizou.

A peça teatral Gas Light, de 1938, e suas adaptações para o cinema, lançadas em 1940 e 1944, motivaram a origem do termo por causa da manipulação psicológica sistemática utilizada pelo personagem principal contra uma vítima. 

No filme, o marido da protagonista constantemente aumenta e diminui as luzes dos lampiões a gás que iluminam a casa, enquanto vai escondido ao sótão buscar objetos de valor. Quando a mulher questiona a alternância da luz, o marido insiste que não houve mudança nenhuma e afirma que ela está imaginando coisas. O marido invalida as percepções da esposa, e a faz duvidar da própria sanidade.

Esta manipulação psicológica em relacionamentos pessoais e profissionais tem sido trazido para a relação médico-paciente, onde o abuso representado pelo “gaslighting” ocorre quando as pacientes são questionadas de maneira exaustiva pelo médico, ou quando algum sintoma que apresente acaba sendo subvalorizado/ignorado durante a anamnese, consulta ou tratamento.

Percebo muito mais uma omissão decorrente do despreparo da formação do médico ou da dificuldade em achar MÉDICOS que queiram ou consigam realmente honrar o juramento realizado na formatura de medicina.

Esta omissão dependendo do caso pode ser muito bem enquadrada em erro médio se apresentar um contexto de negligência, imprudência ou imperícia.

Algumas pesquisas mostram que erros de diagnóstico médico podem acontecer em uma de cada sete consultas, sendo a maioria dessas falhas causada por falta de conhecimento do profissional. 

Embora não seja uma justificativa, estamos diante de um ciclo vicioso, pois os médico também têm sido vítimas do gaslighting, uma vez que ao receberem o diagnóstico de burnout  (distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade) sem reconhecer a causa do seu sofrimento, seria na verdade uma espécie de gaslighting.

Seria o burnout médico uma consequência do gaslighting da saúde?

No contexto da saúde, essa transgressão é causada pela necessidade de realizar a impossível tarefa de satisfazer o paciente, o hospital, a seguradora e a nós mesmos de uma só vez. 

Anos de formação acadêmica e capacitação árduas aumentaram a resiliência do médico que se tornou um cabo de guerra que está sendo puxado para todos os lados, com dificuldades de prestar o melhor atendimento ao paciente, que é ao que dedicamos as nossas vidas.

A medicina é uma das muitas áreas do conhecimento ligada à manutenção e restauração da saúde. Ela trabalha, num sentido amplo, com a prevenção e cura das doenças humanas num contexto médico. 

Neste sentido ela deve ser assexuada, não priorizando o homem ou a mulher, apesar da história mostrar uma realidade diferente.

Durante milênios, as mulheres foram consideradas seres cuja mente, corpo e fluidos seriam regidos por fenômenos sobrenaturais, não tendo conexão alguma com a fisiologia. 

Doenças do aparelho reprodutivo eram creditadas a castigos e muitas alterações emocionais creditadas a entidades demoníacas pela igreja católica.

Histeria na Grécia antiga, termo que vem de hystero (útero), também foi creditado a mulher.

A medicina demorou muito a enxergar o organismo feminino pelo mesmo prisma científico que o organismo masculino, mas isso definitivamente ficou no passado na minha opnião e discordo da mídia que levanta a bandeira contra o gaslighting, e contra a masculinização da medicina.

Esta relação me chamou a atenção em relação a endometriose, me forçando a estudar sobre o assunto e decidi escrever este artigo. A endometriose é uma doença enigmática sabidamente de diagnóstico difícil decorrente da banalização e normalização dos sintomas por parte dos médicos e das pacientes, explicando o atraso no diagnóstico em até 10 anos no Brasil e no Mundo. 

Tenho certeza o que isto representa a curto e longo prazo e temos que estar vigilantes não utilizando expressões do tipo “você está estressada”,  “isso é psicológico”, “isso é normal”, “você não vai conseguir engravidar”, “você precisa conviver com a dor”, pois podem gerar circunstâncias que configuram um descrédito e levar a um dano.

Existe dificuldade do médico numa avaliação solitária e subjetiva da paciente, onde surge um cenário no qual cada paciente é único, com suas características nos aspectos físico e emocional; no meio de tantos recursos tecnológicos e condutas recomendadas, qual escolher e, por fim; qual postura adotar dentro de sua experiência, convicções e conhecimento?

A boa prática médica é aquela em que o médico, dentro do seu universo de possibilidades, respeita o indivíduo, lhe esclarece as variáveis e os cenários mais prováveis.

É fundamental relatar em prontuário as queixas, os exames solicitados, os medicamentos prescritos e a hipótese diagnóstica, porque se no futuro, este atendimento vier a ser questionado, estará documentada a atenção que foi direcionada ao paciente durante o atendimento.

Quando os médicos deixam de ouvir os pacientes e de entender suas circunstâncias únicas, correm o risco de perder oportunidades diagnósticas e terapêuticas importantes e serem culpados em estar fazendo o gaslight.

Apesar de ser a terceira geração de ginecologistas e obstetras, escolhi esta área por ter nos pilares básicos da saúde da mulher não só a prevenção contra os principais cânceres ginecológicos, mas o planejamento familiar, o planejamento pré concepcional e pré natal, educação continuada sobre ISTs, sexualidade e busca constante pela qualidade de vida, em especial na pós menopausa. 

Além disso, os avanços da cirurgia ginecológica assim como os avanços na reprodução humana são suficientes para condenarmos as pessoas que falam de uma masculinização da medicina, pois os homens não tem nada que se assemelhe a isto após sair da infância.

A medicina já foi uma área de médicos, mas vem sofrendo mudanças visíveis deste perfil nas faculdades e residências médicas e em breve as mulheres serão maioria no cenário nacional, e mais do que nunca responsáveis em mostrar que a medicina é assexuada e não deveria ter raça e nem classe social.

Leia também: Endometriose na bexiga e a falta de informação na saúde urinária feminina

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular Fertilidade e Menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

Se você tem dúvidas ou quer sugerir temas para a coluna, envie e-mail para gustavo_safe@yahoo.com

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Endometriose na bexiga, caso anitta e (des) informação na saúde urinária feminina

Endometriose na bexiga, caso anitta e (des) informação na saúde urinária feminina

Endometriose na bexiga e a falta de informação na saúde urinária feminina

Informação e desinformação na saúde urinária feminina

Toda mulher irá apresentar pelo menos um episódio de ITU (infecção do trato urinário) ao longo da vida, podendo ser considerado como normal a ocorrência de  até um episódio ao ano.

O aparelho urinário apresenta uma dualidade entre sintomas, diagnósticos e tratamentos muitas vezes simples e muitas vezes complexos.

Foi necessário nesta última semana uma celebridade, a cantora Anitta ser diagnosticada com endometriose para a mídia se mobilizar e discutir sobre a necessidade de conscientização sobre uma doença que não perdoa raça, cor e classe social com um atraso diagnóstico de 8 a 12 anos no Brasil e no Mundo.

“Anitta disse que sofria do problema há quase 9 anos e que acreditava sofrer de um quadro de cistite recorrente, uma infecção que acomete a bexiga e uretra provocada por uma bactéria, mas que os exames não indicavam a presença de microrganismos na região”.

A bexiga é um órgão flexível, de paredes musculares, localizado na pelve cuja principal função é armazenar a urina que é produzida pelos rins e conduzida até ela através dos ureteres antes de ser eliminada do corpo. 

A relação anatômica (proximidade) da uretra com a vaginal e com o ânus podem explicar porque uma mulher sexualmente ativa apresenta uma incidência maior de infecção urinária (colonização da bexiga por bactérias de forma ascendente através da uretra), mas não justifica uma banalização dos sintomas como acontece frequentemente.

A disúria em mulheres representa 2-5% dos motivos de consultas médicas e em 60 a 80% das vezes vai ter a presença de uma bactéria, apesar  de poder ocorrer infecção assintomática.

A bacteriúria assintomática não é normalmente tratada porque a erradicação das bactérias pode ser difícil e as complicações são normalmente raras. 

Além disso, o uso de antibióticos pode alterar o equilíbrio de bactérias no organismo (sangue), algumas vezes permitindo que surjam bactérias mais resistentes (difíceis de eliminar) .

Mulheres com sintomas urinários (dor, ardor, frequência, urgência, incontinência, retenção e esvaziamento incompleto) com cultura de urina negativa precisam buscar outras causas para o problema e não se acomodarem e banalizarem os sintomas.

Essa normalização e banalização de alguns sintomas urinários que desafiam os médicos e especialistas dificultam o diagnóstico definitivo por não esgotarem  todas as possibilidades e muitas vezes acabam classificando as pacientes como portadoras de síndrome da bexiga dolorosa (SBD).

A American Urological Association define SBD como a sensação desagradável (dor, pressão ou desconforto) percebida na região vesical e associada a sintomas do trato urinário inferior com mais de seis semanas de duração na ausência de infecção ou outra causa identificável.

 A Sociedade Europeia para estudo da SBD/CI (ESSIC) sugeriu em 2008 esta nova nomenclatura e sistema de classificação, pois a dor é uma característica fundamental dessa condição. A ESSIC sugere que o diagnóstico seja feito em três etapas. 

A primeira etapa é a seleção de pacientes que devem ter seu diagnóstico baseado na presença de dor pélvica crônica além de pressão, dor ou desconforto vesical e um ou mais sintomas como urgência urinária ou frequência miccional.

A queixa mais comum é de dor em hipogástrio (baixo ventre) associada a sintomas urinários irritativos: urgência, frequência, disúria e noctúria. Podem também estar presentes: dispareunia e dor na vagina. 

A segunda etapa é a exclusão de outras doenças como carcinoma de bexiga, doenças infecciosas (infecção urinária, chlamydia trachomatis, mycoplasma, herpes vírus, HPV), prolapsos, endometriose, candidíase vaginal, divertículo, câncer ginecológico, retenção urinária, dor relacionada ao nervo pudendo ou à musculatura do assoalho pélvico. 

Isso deve ser realizado através da anamnese, exame físico, exame comum de urina, urocultura, volume residual pós miccional, cistoscopia e biópsia da bexiga, se necessário e exames de imagem.

A terceira etapa é a classificação da SBD que pode em alguns casos apresentar um quadro mais específico com critérios diagnósticos bem estabelecidos chamado de cistite intersticial (CI).

Não há um exame que sele o diagnóstico da cistite intersticial, mas ele pode ser realizado através dos resultados da somatória de exames como o aspecto clínico, o diário miccional, o índice de sintomas, a urodinâmica e a cistoscopia que  apresenta glomerulações e/ou úlcera de Hunner. 

As evidências histológicas positivas incluem infiltrado inflamatório e/ou tecido de granulação e/ou presença de mastócitos (detrusor mastocytosis) e/ou fibrose intrafascicular. 

A cistite intersticial é uma doença crônica caracterizada pela irritação ou inflamação da parede da bexiga. Ela pode deixar cicatriz na bexiga, provocar um espessamento na sua parede, diminuindo a sua capacidade, associada a pontos de sangramento sendo sem dúvida uma importante causa de desconforto no baixo ventre em mulheres. 

Frequentemente estas mulheres passam por diversos médicos e realizam vários exames antes que o diagnóstico correto seja identificado, causando grande ansiedade. 

Como o diagnóstico da cistite intersticial é difícil de ser feito e inicialmente, na maioria dos casos, não é encontrado nenhum problema anatômico, sugere-se de forma errada que a causa seja emocional, sendo taxadas como estressadas e com desinteresse pelo ato sexual, gerando desajustes conjugais. 

Essas pacientes podem passar a manifestar fadiga excessiva, depressão, desânimo para as atividades do cotidiano, insônia e sonolência diurna. Além disso, estas mulheres têm sérias dificuldades e desconfortos no trabalho, em viagens e nas relações familiares.

Em função de todo o processo inflamatório, a dor geralmente é mais severa quando a bexiga está repleta de urina e alivia, pelo menos parcialmente, com o esvaziamento vesical. 

Essa condição leva a uma redução importante da qualidade de vida acometendo geralmente 90% das mulheres, brancas e com idade média de 40 anos.

A sua causa não é completamente conhecida e muitas teorias têm sido propostas como:

  • Agressão da bexiga por substâncias tóxicas da urina.
  • Doença autoimune (as células do próprio corpo lesam a bexiga).
  • Defeito na permeabilidade da parede da bexiga.

 A fisiopatologia (causa) desta doença envolve uma disfunção do epitélio urinário que passa a produzir glicosaminoglicanas (GAG) e proteoglicanas, formadoras do muco vesical, ineficientes. Esta falha na proteção do muco vesical ao urotélio propicia o contato direto das toxinas da urina com a parede vesical, desencadeando a patologia. 

Os sintomas normalmente são episódicos, com períodos de agudização e remissão, tornando-se mais intensos com a evolução da doença. A exacerbação da doença normalmente ocorre no período pré-menstrual. 

Os sintomas podem piorar com estresse, relação sexual, menstruação e com a ingestão de determinados alimentos e bebidas (bebida alcoólica, alimentos ácidos laranja, limão, abacaxi, café, chá preto, alimentos condimentados, bebidas gasosas.

Tratamentos conservadores incluem dieta anti-inflamatória, suporte psicológico, medicamentos (Amitriptilina –antidepressivo, anti-histamínico, ciclosporina e pentosan polissulfato) com possibilidade de uso intravesical (DMSO, Pentosan polissulfato, BCG, Ácido hialurônico).Tratamentos cirúrgicos incluem o uso do botox, da hidrodistensão, da derivação urinária, neuromodulação sacral e cistoplastia para aumento vesical.Apesar de todos os tratamentos mencionados, eles não apresentam altos índices de resolução definitiva, sendo necessário individualizar a conduta conforme a evolução de cada caso.

Existe uma elevada associação entre CI, DIP (doença inflamatória pélvica) e ITU de repetição com endometriose.

A associação entre estas doenças e várias síndromes somáticas funcionais com a endometriose levou alguns autores (Wessely et al ) a questionarem este diagnóstico como se estivéssemos diante de um artefato da medicina, razão pela qual a endometriose deve ser encarada como uma doença sistêmica.

A endometriose acomete uma em cada 10 mulheres em idade fértil que podem apresentar sintomas específicos ou inespecíficos, inicialmente relacionados a variações hormonais que após se tornam constantes.

Como pudemos perceber o desafio em realizar o diagnóstico de endometriose não é nada evidente, principalmente se o sistema acometido for o urinário.

Sintomas da endometriose na bexiga

Os principais sintomas de endometriose na bexiga são frequência e urgência com dor ou ardor ao urinar devido a bexiga estar cheia e raramente a presença de sangue na urina diferente do que muitos imaginam.

Um exame essencial para o diagnóstico de endometriose na bexiga é o ultrassom com a bexiga cheia. É importante também que este ultrassom seja realizado por um especialista em endometriose. 

Isso porque nem todos os profissionais da saúde sabem diagnosticar a endometriose com precisão, o que pode afetar o resultado. O diagnóstico da endometriose na bexiga pode ser complementado pela ressonância nuclear magnética capaz de avaliar também toda a via urinária (uroressonância).

A cistoscopia ajuda no diagnóstico e na avaliação prévia da cirurgia. Quando a área vesical do trígono da bexiga urinária fica inflamada, a condição médica é conhecida como Trigonite. O trígono vesical é a região triangular da bexiga, que é ligada pelos orifícios ureterais e pelo esfíncter uretral. É uma região sensível, lisa e plana e se a bexiga se enche, ela se expande também. O termo trigonite refere-se às alterações metaplásicas que ocorrem no trígono vesical. Descrito pela primeira vez por Heyman, em 1905, o distúrbio é mais comum em mulheres jovens e, felizmente, possui prognóstico benigno.

As alterações metaplásicas escamosas do trígono vesical podem ser observadas em cerca de 40% das mulheres em idade fértil.Em alguns casos temos achados histológicos de mullerianose (primeiramente descritas em 1966 por Clement and Young), onde células metaplásicas mullerianas são transformadas em células endometriais, desenvolvendo um tipo especial de endometriose.

Caso você tenha dores pélvicas constantes com piora ao urinar, procure um ginecologista ou urologista e insista na pesquisa de endometriose. A cirurgia é o tratamento de escolha no caso de endometriose das vias urinárias , mas só quem poderá fazer esta indicação é o médico que deverá ter uma equipe multidisciplinar para fazer esta abordagem.

Caso não seja tratada, a endometriose na bexiga e nas vias urinárias pode comprometer o bom funcionamento e trazer problemas irreversíveis. Um deles é a necrose asséptica dos rins decorrente de uma obstrução ureteral silenciosa por endometriose  que ao obstruir os ureteres provocam dilatação com perda renal definitiva.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular Fertilidade e Menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

Se você tem dúvidas ou quer sugerir temas para a coluna, envie e-mail para gustavo_safe@yahoo.com

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