Endometriose e infertilidade: entendas as causas e os tratamentos

Endometriose e infertilidade: entendas as causas e os tratamentos

(Foto: Reprodução/Pexels)

Endometriose e infertilidade: entendas as causas e os tratamentos

Neste mês da conscientização da endometriose, o março amarelo, velhas perguntas recebem  novas respostas.

Endometriose é a presença de endométrio, glândula ou estroma (epitélio que reveste a cavidade interna do útero) fora do útero com característica inflamatória, evolutiva e estrogênio dependente que acomete uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva.

A endometriose parece estar cada vez mais prevalente (número de casos existentes de uma doença em um dado momento, antigos e novos) o que gera um questionamento se o seu aumento seria decorrente de fatores de risco (mulher moderna que menstrua cada vez mais, retarda a gestação, amamenta menos e têm menos filhos), se estamos fazendo mais diagnósticos devido a melhora dos métodos propedêuticos ou ambos.

A endometriose tem como padrão ouro para se fazer o diagnóstico o procedimento cirúrgico (Laparoscopia) através da visualização e do estudo histopatológico das biópsia realizadas, embora nos dias de hoje o papel da cirurgia seja de confirmar, estadiar e tratar a doença adequadamente em um mesmo tempo cirúrgico.

Na prática percebo que a incidência (frequência com que surgem novos casos de uma doença num intervalo de tempo)  parece continuar a mesma, principalmente pela falta de trabalhos e meios diagnósticos não invasivos, baratos e reprodutíveis capazes de dizer o contrário.

Em contrapartida é visível no nosso dia a dia como a gravidade dos casos vêm aumentado com diagnósticos ainda tardios apesar de todas as tentativas em divulgar e conscientizar sobre a doença.

Se digitarmos hoje em um site de busca de artigos médicos (Pub med) a palavra endometriose e infertilidade, teremos mais de 1500 artigos disponíveis nos últimos 5 anos, pesquisas com objetivo de nos ajudar a dar novas respostas a velhas perguntas.

Endometriose e infertilidade: quais são as causas?

Existe uma relação positiva entre endometriose e infertilidade primária (mulher que nunca engravidou) em 26 a 39% dos casos. Se considerarmos infertilidade secundária (mulher que já engravidou), os valores são de 12 a 25% dos casos segundo dados da literatura quando afastada outras causas.

Endometriose e infertilidade: As mulheres modernas estão tendo mais dificuldade para engravidar devido a endometriose? Sim.

A endometriose está mais prevalente e em estágios mais avançados associado ao fato de que as mulheres estão tendo filhos mais velhas. A idade é o principal fator de risco para desenvolver endometriose e infertilidade.

A endometriose deve ser considerada como um problema sistêmico em relação às questões reprodutivas independente de onde esteja (doença peritoneal, infiltrativa retroperitônio, ovariana ou intestinal) estando presente em até 45% das mulheres inférteis no cenário atual.

Possíveis mecanismos de infertilidade provocado pela endometriose são a distorção anatômica, diminuição da reserva ovariana, baixa qualidade oocitária e embrionária, implantação deficiente, fluido peritoneal com altas concentrações de citocinas, fatores de crescimento com macrófagos ativados, efeito tóxico na função dos espermatozóides e na sobrevivência do embrião, expressão aberrante de genes no endometrio eutópico e ectópico.

A fertilização in vitro (FIV) tem melhorado as taxas de gravidez nestas mulheres? Sim.

Vários estudos mostram que apesar das pacientes com endometriose submetidas a  FIV apresentam piores taxas de fecundação, maior taxas de perdas gestacionais, menores taxas de implantação e taxa aumentada de complicações obstétricas (aumento nas taxas de trabalho de parto prematuro, ciur, pré-eclâmpsia,…) em relação às mulheres sem endometriose, a FIV otimiza e muito a gestação sem provocar perda de tempo, fator prognóstico importante neste processo.

Apesar dos grandes avanços nas técnicas de reprodução assistida os resultados nestes grupos de pacientes com endometriose continuam desafiadores com melhora apenas quando realizamos um bloqueio prolongado da doença por 3-6 meses com medicação (análogo do Gnrh) ou após a realização de uma cirurgia inicialmente ótima ou sub ótima.

O advento de novas tecnologias, a melhora das habilidades cirúrgicas têm ajudado as mulheres com endometriose a engravidar? Sim.

A cirurgia tem papel importante em tratar a endometriose, restabelecer a anatomia,  aliviar a dor e diminuir a resposta inflamatória provocada pela endometriose, otimizando a gravidez.

O acesso laparoscópico (robótico opcional), a melhora do treinamento dos cirurgiões, a formação de equipes cirúrgicas multidisciplinares e o melhor planejamento cirúrgico tem contribuído para o maior sucesso reprodutivo destas pacientes tratadas em relação às não tratadas, otimizando a gravidez em ciclos naturais e induzidos com eventual  ajuda da FIV.

Um artigo de revisão sistemática e metanálise recentemente publicado no JMIG no final de 2021 deixa claro que existem evidências suficientes para mostrar que a cirurgia da endometriose melhora os resultados antes da FIV, diferente do que vinha sendo difundido por especialistas.

Um dos segredos consiste em tentar não postergar a gravidez após realizar uma cirurgia, pois temos maior sucesso e menor recidiva em comparação às pacientes operadas que aguardaram alguns anos para engravidar.

O estadiamento da endometriose associado a fatores prognósticos como idade, reserva ovariana, paridade e fator masculino têm pesos diferentes mas ajudam na seleção daquelas pacientes que se beneficiaram mais rapidamente da reprodução assistida! 

Publicada no D.O.U dia 19.11.92-seção I, página 16053, as normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida  tem como um dos princípios gerais:

  “As técnicas de Reprodução Assistida (RA) têm o papel de auxiliar na resolução dos problemas de infertilidade humana, facilitando o processo de procriação quando outras terapêuticas tenham sido ineficazes ou ineficientes para a solução da situação atual de infertilidade”

Importante ressaltar ainda que a FIV não é tratamento de endometriose!

Ela é uma ferramenta muito importante na abordagem da infertilidade em pacientes com endometriose!

Apesar do aumento do número de clínicas de reprodução assistida os valores ainda são elevados (decorrente dos custos altos e dolarizados de alguns materiais e equipamentos além das muitas exigências para se manter uma clínica segundo as normativas da Anvisa) e os procedimentos não são contemplados pelos planos de saúde e muito menos pelo SUS.

Da mesma forma, precisamos pontuar que a gravidez também não é tratamento da endometriose. Algumas mulheres têm a doença controlada durante a gestação mas com riscos obstétricos elevados.

Alguns desses riscos são a placentação anômala, abortos espontâneos, pré-eclâmpsia, retardo de crescimento intra-uterino, placenta prévia, descolamento prematuro de placenta, hemorrágias anteparto, parto prematuro, ruptura uterina, cesariana, recém-nascido de baixo peso, natimorto e hemorragias pós-parto.

A mulher moderna hoje tem mais conhecimento devido a globalização e é muito mais exigente que a mulher do passado, exigindo cada vez mais dos profissionais resultados melhores.

Nós profissionais da saúde não temos obrigação de fim e sim de meio, ou seja, oferecer a melhor assistência à paciente com informações relevantes para que ela possa decidir a melhor forma e de alcançar seus objetivos de acordo com as evidências. 

No início tínhamos a medicina baseada em experiência que foi substituída nos últimos 30 anos pela medicina baseada em evidência que gradativamente vem sendo substituída pela medicina baseada em inteligência (juntar experiência com evidência e individualização).

Em um futuro próximo, a inteligência artificial (computador) vai nos ajudar a analisar todas as variáveis de uma pessoa, selecionando não necessariamente o melhor estudo com as melhores evidências e sim o que melhor atende aquela paciente de forma individualizada.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

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Termografia, uma tecnologia muito além da visão humana

Termografia, uma tecnologia muito além da visão humana

A termografia tem sido importante no processo de avaliação e documentação das patologias de tecidos moles, incluindo nervos periféricos, raízes nervosas, tendões, músculos e vasos sanguíneos, assim como disfunções articulares e ósseas

Hipócrates (440 anos antes de Cristo) usou a temperatura do corpo para fazer um diagnóstico ao aplicar a lama em um paciente e definir que as áreas secas da pele estavam doentes.

A pele é um órgão muito importante no controle da temperatura corporal que é regulada pelo sistema nervoso central e sistema nervoso autônomo.

Em 1800, na Inglaterra, o cientista Herschel percebeu que a luz branca era formada por várias cores, como as do arco-íris, mas os olhos humanos não são capazes de ver todas as faixas do espectro.

Uma delas é a radiação infravermelha que é uma radiação não ionizante na porção invisível do espectro eletromagnético que está adjacente aos

comprimentos de ondas longas, ou final vermelho do espectro da luz visível.

Mais de um século se passou para o homem conseguir enxergá-la através da termografia que vem do grego θερμ%u03CC (thermo), significado calor; e γραφ%u03AFα (grafia), que significa escrita.

Trata-se de uma técnica de registro gráfico das temperaturas por câmera de alto desempenho de diversos pontos do corpo por detecção da radiação infravermelha por ele emitido.

Ela está presente na indústria alimentícia, nos satélites, no controle de armazenamento de gases e combustíveis, em portos e aeroportos evitando entrada de doenças, contrabandos e terrorismo e na área da saúde onde ela começa a despontar.

Recentemente na pandemia da Covid-19 convivemos com o seu uso em alguns lugares (shoppings, aeroportos,…) onde a temperatura corporal das pessoas era avaliada em tempo real possibilitando acesso ou não.

A termografia está presente na medicina desde 1957 quando foi utilizada por R Lawson na avaliação da diferença de temperatura na pele de uma mama com tecido normal e uma com câncer.

Com a evolução da tecnologia, em 1980, para medir melhor as mudanças de calor, softwares foram adicionados às câmeras que hoje ficaram mais acessíveis.

Quando enfim começaram a ser usadas em pessoas, para fins diagnósticos, surgiu a necessidade de estabelecer diretrizes e protocolos para a interpretação das imagens.

Um dos princípios básicos utilizado é a simetria existente no corpo humano.

O aparelho consegue detectar a radiação infravermelha emitida pelo corpo, entregando o resultado de uma fisiologia normal ou alterada.

A emissão de calor da superfície do corpo humano é um processo dinâmico que pode ser alterado em diversos estados patológicos, como na inflamação.

A inflamação é uma resposta natural do corpo que acontece quando o organismo se encontra frente a uma infecção por agentes como bactérias, vírus ou parasitas, veneno ou quando há alguma lesão por calor, radiação ou trauma.

O processo inflamatório leva o organismo a produzir cinco sinais clássicos: calor, rubor (vermelhidão), tumor (inchaço, edema), dor e perda da função.

Calor e rubor são causados pela dilatação dos vasos e pelo aumento de fluxo sanguíneo no local inflamado.

A análise termográfica abrange os sistemas vascular, nervoso e musculoesquelético, ajudando na avaliação de processos inflamatórios,

condições endócrinas, neurológicas e oncológicas.

O exame de termografia pode ser usado em todas as áreas da medicina como na neurologia, otorrinolaringologia, gastroenterologia, ortopedia, ginecologia, etc.

O principal objetivo desta tecnologia aplicada ao campo da medicina é prevenir, detectar, monitorar e auxiliar na terapêutica de doenças.

Doenças como sinusite, bursites e tendinites, pneumonia, bronquite, colite espasmolítica, hérnias de disco, algumas endometriosis, tumores malignos de tireóide, de mama, de próstata, fibromialgia, isquemias em pés diabéticos e estudos avançados na detecção precoce da doença de Parkinson são alguns exemplos.

É um excelente método para visualizar a dor (aguda ou crônica) e ajudar a entender a causa funcional mostrando problemas fisiológicos como disfunções do Sistema Nervoso Autônomo além de mostrar áreas de dor, que são invisíveis para outros exames médicos.

A dor constitui uma das principais razões que levam os indivíduos a procurar atendimento em saúde.

Além de ser um importante sintoma clínico, também diz respeito a uma sensação e a uma experiência multidimensional, sendo, portanto, complexa e, na maioria das vezes, subjetiva, o que dificulta a sua abordagem.

É um exame totalmente seguro, sem contraste e sem radiação, tanto para gestantes, idosos ou crianças, e pode ser repetido quantas vezes forem necessárias sem risco ou dor para o paciente não possuindo assim nenhuma contraindicação.

Uma das funções também é guiar tratamentos, ou seja indicar o local preciso onde a intervenção deve ocorrer, diminuindo a margem de erro e aumentando o sucesso do tratamento.

A Plataforma Linda (que usa inteligência artificial) melhora a acurácia da mamografia, por meio da aplicação clínica da termografia, que ajuda os médicos a melhorar as análises e diagnósticos dados aos pacientes, minimizando exames complementares subjetivos (US) e biópsias  desnecessárias.

Vale lembrar que o exame não substitui a mamografia, mas auxilia na detecção precoce de lesões na mama em pacientes de risco.

Leia também: Dor na mama: o que você precisa saber?

A termografia também pode ser usada no diagnóstico de algumas doenças neurológicas, como a esclerose múltipla, quando o corpo deixa de regular adequadamente a temperatura do corpo, algo que pode ser detectado facilmente com a câmera infravermelha.

Programas de treinamentos e atividades físicas podem utilizar a termografia para otimizar a perda de peso.

Apesar da sua limitação em avaliar vísceras pélvicas femininas devido às influências hormonais do ciclo menstrual , ela tem demonstrado ser útil no dia a dia do especialista na abordagem da endometriose da parede abdominal e na abordagem da dor pélvica crônica decorrente de dores articulares, vasculares e musculares do assoalho pélvico.

A termografia tem sido importante no processo de avaliação e documentação das patologias de tecidos moles, incluindo nervos periféricos, raízes nervosas, tendões, músculos e vasos sanguíneos, assim como disfunções articulares e ósseas.

Além disso, fornece informações adicionais sobre algumas condições que não podem ser identificadas em testes radiológicos, eletroneuromiográficos ou em exames laboratoriais, como por exemplo, os casos dos pontos de gatilho da dor miofascial.

A rotina de um atleta que tem treinos desgastantes, jogos ou provas toda semana, pode resultar em um corpo cansado e lesionado, por isso um acompanhamento com a termografia tem sido recomendado.

Antes mesmo de sentir dores, atletas passam por exames para detectar qual parte do corpo está mais propensa a sofrer lesões.

Esse processo economiza tempo de recuperação e dinheiro, pois o investimento que seria feito no tratamento, é economizado pois a lesão é evitada a tempo, como se ela fosse tratada antes de acontecer.

Pensando em pessoas que não praticam esportes de alto rendimento, percebe-se também um grande benefício, pois se você sente alguma dor e busca um diagnóstico, essa lesão pode ser tratada com rapidez evitando que se agrave para um quadro mais sério.

Importante entender que estes avanços vão ajudar desde que precedidos de uma boa anamnese e um bom exame físico realizado por médicos que vão saber individualizar cada caso.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

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Tecido adiposo e saúde metabólica: entenda

Tecido adiposo e saúde metabólica: entenda

(foto: Pexels)

Ao longo dos últimos 20 anos, o tecido adiposo vem sendo considerado como um verdadeiro órgão endócrino, pois não está envolvido só no armazenamento e na liberação de energia, desempenhando outras funções fisiológicas devido à capacidade de síntese e de secreção de muitos fatores, tais como a leptina, a adiponectina e muitas proteínas envolvidas na inflamação e na imunidade.

O tecido adiposo é um termo geral, mas possui camadas de gordura bastante diferentes em relação à origem, a características anatômicas e às funções, de modo que é necessário diferenciar o tecido adiposo branco (TAB) do tecido adiposo marrom (TAM)

Enquanto que o TAB fornece lipídios como substrato para outros tecidos, o TAM utiliza ácidos graxos para a produção de calor. 

A gordura branca (TAB) é a gordura padrão que você já conhece e sonha em se livrar, presente na famosa barriguinha.

É ela que armazena sua energia em grandes gotas de gordura que se acumulam ao redor do corpo. O acúmulo de gordura nos ajuda a ficar aquecido, proporcionando literalmente isolamento térmico para os nossos órgãos.

Os carboidratos, as proteínas e as gorduras fornecem energia, mas a quantidade de energia em 1 grama difere entre eles, sendo quatro calorias em um grama de carboidrato ou proteína e nove calorias em um grama de gordura.

A rapidez com que esses nutrientes fornecem energia também difere, sendo os carboidratos mais rápidos e inicialmente utilizados e as gorduras as mais lentas servindo de reserva.

As gorduras podem ser classificadas em saturadas cujo excesso aumenta os níveis de colesterol ruim, insaturadas (mono e poli), colesterol bom que ajuda a controlar os níveis de colesterol e trans que são capazes de reduzir os níveis de colesterol bom. 

O triglicérides são as gorduras presentes no sangue decorrente do excesso no consumo de alimentos gordurosos e alimentos ricos em carboidratos como massas, pães, arroz e doces.

Com o tempo, a massa de gordura branca reflete o balanço entre a ingestão e o gasto de energia. 

A gordura marrom, ou TAM, é um tipo especial de gordura corporal que é ativada quando você fica com frio. 

Sob baixas temperaturas, a gordura marrom queima calorias para gerar calor, em um processo chamado de termogênese. Estudos recentes têm mostrado o TAM  provocando benefícios para a saúde, uma vez que ele ajuda a queimar calorias e diminui o índice glicêmico auxiliando no tratamento do diabetes e obesidade.

A gordura marrom armazena energia em um espaço menor do que a gordura branca e é composta de grandes quantidades de mitocôndrias (organelas responsáveis por produzir calor, em vez de estocar energia). 

Até pouco tempo atrás, os cientistas acreditavam que apenas os bebês, especialmente recém-nascidos, possuíam gordura marrom e que, com o tempo, esse tipo de gordura desaparecia do corpo. 

No entanto, pesquisas mais recentes revelaram que os adultos também apresentam pequenas reservas de gordura marrom, armazenadas ao redor dos ombros, no pescoço e ao longo da coluna vertebral.

Ainda não existe uma fórmula mágica para aumentar a ativação da gordura marrom, mas ao expor o corpo ao frio você pode ajudar a recrutar mais células de gordura marrom. 

Algumas pesquisas sugerem que apenas duas horas de exposição por dia a temperaturas em torno de 19°C podem ser suficientes para transformar a gordura branca em marrom.

Experimente tomar banho frio ou gelado, ajustar a temperatura do ar-condicionado em casa ou sair em dias frios com o objetivo de resfriar o corpo e, possivelmente, criar mais gordura marrom.

Uma proteína (irisina) que os humanos produzem ao fazer exercícios com frequência pode ajudar a transformar a gordura branca em marrom. 

As pessoas sedentárias produzem muito menos irisina enquanto os seus níveis aumentam muito quando as pessoas fazem um treinamento aeróbio intervalado mais intenso.

Um estudo de 2020, publicado na revista Nature Medicine, afirmou que existe uma relação entre a presença de gordura marrom e a melhoria da saúde cardíaca ou metabólica, uma vez que os indivíduos que apresentavam maior quantidade de gordura marrom no corpo eram significativamente menos propensos a ter diabetes tipo 2, hipertensão arterial e doença coronariana.

O maior desafio tem sido encontrar maneiras de estimular o corpo a produzir mais gordura marrom ou transformar a gordura branca preexistente em sua irmã metabolicamente mais benéfica.

Constantemente, tentamos acelerar o nosso metabolismo com receitas consagradas como o aumento da ingestão de água, uso de pimenta na comida (capsaicina), consumo maior de proteína, treinos intervalados (alternar o exercício de intensidades muito altas e baixas a médias durante 30 minutos no máximo), pequeno almoço (café da manhã), controle do estresse, sono adequado, prática de musculação e alimentação saudável de 3/3hs.

Metabolismo é o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos e pode ser dividido em anabolismo (reações de síntese) e catabolismo (reações de degradação).

Termogênese é a fantástica capacidade que o nosso organismo tem de regular a temperatura interna, de acordo com as condições do ambiente externo, por meio da queima de energia.

A manutenção da temperatura corporal em uma faixa de 36ºC melhora o funcionamento enzimático e favorece uma série de processos biológicos. 

A produção de calor pode ser, fisiologicamente, classificada em termogênese obrigatória e facultativa. A primeira é a taxa de metabolismo basal, definido como a somatória de todo calor produzido em condição de repouso, vigília, jejum de 12 horas e ambiente termicamente neutro. 

A segunda refere-se ao gasto energético como resposta a estímulos externos, como exposição ao frio, dieta e atividades físicas.

Quanto à influência da dieta, é importante considerar que a digestão de qualquer alimento demanda gasto calórico, mas alguns, considerados termogênicos, por serem mais difíceis de serem digeridos e metabolizados, exigem maior consumo de energia, induzindo o organismo a trabalhar em um ritmo mais acelerado. 

Leia também: Dieta Detox e antiglicante no combate ao envelhecimento

Muito se fala sobre alimentos ou formulações com propriedades termogênicas. Os alimentos termogênicos são aqueles que ao apresentarem dificuldades de serem digeridos pelo organismo precisam utilizar mais reservas de glicogênio e de gordura. 

Como exemplo de alimentos termogênicos de relevância temos a pimenta vermelha, mostarda, gengibre, vinagre de maçã, acelga, aspargos, couve, brócolis, laranja, kiwi, café, guaraná, chá verde, água gelada (inferior a 16°C), linhaça e algumas fibras dietéticas, gorduras vegetais, gorduras de coco, alimentos ricos em ômega 3 e produtos derivados de chocolate.

Estes alimentos, aliados à prática regular de atividades físicas, podem ser utilizados como estratégia nutricional voltada para a perda de peso e melhora da sua saúde metabólica.

A contração muscular para a realização de atividades diárias ou prática esportiva gera aumento de calor corporal e faz parte da termogênese facultativa assim como o tremor, chamado de tiritação, que é um processo involuntário resultante da exposição ao frio. 

No entanto, os termogênicos não fazem milagres e devem ser utilizados como a cereja do bolo. 

A canela é um dos alimentos termogênicos mais utilizados. A cumarina, composto presente na sua composição, dilui ligeiramente o sangue, o que leva ao aumento da circulação sanguínea, e por sua vez, aumenta o metabolismo. 

A semente de chia é outra opção de termogênico que acelera o metabolismo e facilita a queima de gordura, sobretudo na região abdominal. 

O ômega 3 não fica para trás sendo completado por possuir uma ação anti-inflamatória com fibras que atuam no bom funcionamento do intestino.

O chá-verde é uma das melhores bebidas para acelerar o metabolismo, pois é fonte de cafeína, termogênico natural que possui ação neuroestimulante e anti-inflamatória.

Uma das principais funções do Morning Shot é a sua função termogênica. Dentre os seus oito ingredientes, dois deles também são termogênicos muito utilizados na sua forma tradicional: o gengibre e a pimenta preta. 

O Morning Shot é um produto com potencial imunológico, anti-inflamatório, alcalino e antioxidante, através de 8 ingredientes com compostos bioativos que são absorvidos de forma íntegra e rápida pelo organismo. 

A ideia é tomá-lo logo pela manhã como parte de um hábito matinal e rotineiro de saúde. Misturado apenas com água quebrando o jejum matinal, vai preparar o corpo para receber alimentos estimulando a digestão no estômago e nutrição através do intestino.

Contudo, a dieta deve ser orientada por profissional especializado e individualizada para evitar desordens fisiológicas desencadeadas pelo comportamento alimentar inadequado.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

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Melatonina, uma luz na escuridão

Melatonina, uma luz na escuridão

(foto: Pexels)

A melatonina é considerada o hormônio do sono, mas na verdade é o hormônio da escuridão e tem revolucionado várias áreas na medicina

Quando o indivíduo acorda e recebe a luz intensa do sol da manhã a melatonina se transforma em serotonina, hormônio do bom humor (foto: Reprodução/Pixabay)

A melatonina, conhecida como hormônio do sono, é uma molécula antiga e onipresente na natureza, apresentando múltiplos mecanismos de ação e funções em praticamente todo organismo vivo.

A escuridão é o requisito absoluto para a sua produção e liberação, enquanto a luz é responsável pela sua supressão. A concentração de melatonina no sangue e nas células é cerca de 3 a 10 vezes maior à noite.

Trata-se de um neuro hormônio produzido principalmente pela glândula pineal, mas também, pelo trato gastrointestinal, olhos, pulmões, pele, rins, fígado, tireóide, timo, pâncreas e sistema imune, sendo metabolizada nos rins e no fígado.

Quimicamente, é uma indolamina sintetizada a partir do triptofano (aminoácido essencial encontrado em alimentos como leite e laticínios, nozes, castanhas, batatas e frutas como banana e abacate) com uma capacidade de atravessar facilmente as membranas celulares por difusão.

Em consequência, a melatonina não é armazenada no interior do pinealócito, sendo imediatamente liberada nos capilares sanguíneos que irrigam a glândula pineal após a sua formação.

A glândula pineal participa na organização temporal dos ritmos biológicos, atuando como mediadora entre o ciclo claro-escuro e os processos regulatórios fisiológicos, incluindo a regulação endócrina da reprodução, regulação dos ciclos de atividade-repouso e sono-vigília, regulação do sistema imunológico, entre outros.

Diferentemente dos hormônios dependentes do eixo hipotálamo-hipofisário, a produção de melatonina não está sujeita a mecanismos de retroalimentação (feedback negativo) sendo que, portanto, a sua concentração plasmática não regula sua própria produção, isto quer dizer que usar melatonina de forma exógena não influencia na produção endógena (natural) da mesma. 

Nos EUA, o FDA (Food and Drug Administration) não considera a melatonina como um medicamento e a categoriza como um suplemento alimentar. Isso dificulta muito uma padronização, pois dessa forma pode haver várias formulações, sintéticas ou naturais, com modo de apresentação e dosagem diferentes.

No Brasil, desde outubro de 2021, houve uma liberação para formulação em farmácias de manipulação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na forma de suplemento alimentar.

Algumas pessoas recorrem à melatonina sem recomendação médica devido a estas características, utilizando principalmente em casos de jet lag (desregulação do sono que ocorre após uma viagem no qual ultrapassamos vários fusos horários) ou em casos extremamente específicos de insônia.

O problema é que ela nem sempre é a solução se o problema for comportamental, pois ela apenas ajuda na indução do sono e não na manutenção.

Quando o indivíduo acorda e recebe a luz intensa do sol da manhã a melatonina se transforma em serotonina, hormônio do bom humor.

A secreção da melatonina pode estar alterada em algumas condições, tais como: exposição excessiva à luz à noite, período menstrual, em alguns idosos e em casos de depressão sazonal.

Diversos estudos já enfatizaram a sua capacidade em eliminar radicais livres a ajudar no manejo de diversos males tais como câncer, doenças imunológicas, doença de Alzheimer, diabetes e infecções virais, além de promover imunidade, regular a pressão arterial, combater a enxaqueca e gerar um efeito antidepressivo.

A Agomelatina é o primeiro fármaco antidepressivo que apresenta um mecanismo de ação totalmente novo ao possuir uma ação agonista sobre os receptores de melatonina (MT1/MT2) e uma ação antagonista sobre os receptores de serotonina (5-HT2C).

É utilizada para tratar a depressão grave, habitualmente administrada uma vez por dia, antes de deitar, ajudando na correção dos distúrbios nos ritmos circadianos, associados frequentemente à depressão com características próximas de antidepressivo ideal.

Durante o envelhecimento a produção de melatonina sofre um declínio gradual, principalmente em idade superior a 75 anos, onde a síntese nas 24 horas é somente uma pequena fração daquele observado nas pessoas mais jovens com menos de 30 anos, o que faz atribuir à melatonina um possível papel nas fases iniciais e no desenvolvimento das doenças degenerativas da idade.

Quais fatores levam a redução da produção de melatonina?

A redução da produção de melatonina pode ser atribuída a vários fatores, como a carência nutricional, a associação de substâncias químicas e remédios, o estresse e o próprio processo de envelhecimento, como relatado.

Se você quer que a melatonina ajude-o a ter um bom sono, é necessário ter uma rotina diária.

Procure fazer as refeições na mesma hora de cada dia, dormir e acordar no mesmo horário, assim como outras tarefas do seu dia. Isso auxilia seu organismo a produzir melatonina sempre no mesmo horário.

A quebra do relógio biológico altera a liberação de cortisol, insulina, testosterona e hormônio do crescimento.

A melatonina é um antioxidante bastante potente quando comparado com outras substâncias da mesma categoria, como as vitaminas E e C, sendo capaz de prevenir danos celulares provocados por radicais livres.

Do mesmo modo, o consumo diário de melatonina pelos humanos a partir dos 30 ou 40 anos poderá prevenir – ou pelo menos retardar – doenças relacionadas ao envelhecimento decorrente dos radicais livres e dos processos inflamatórios.

Além disso, a melatonina é responsável pelo estabelecimento de um balanço energético adequado, principalmente pela ativação do tecido adiposo marrom e pela participação no processo de transformação do tecido adiposo branco em marrom (termogênico).

Evidências experimentais demonstram que a melatonina é necessária para a síntese, secreção e ação apropriadas da insulina podendo desencadear obesidade e diabetes tipo 2.

As primeiras correlações entre a glândula pineal e o combate ao câncer datam do final do século XIX , quando alguns médicos já ofereciam extratos de pineal a seus pacientes oncológicos.

No câncer de mama, a melatonina inibe as células-tronco  (CSCs) que representam um desafio, uma vez que estas células podem impulsionar o crescimento tumoral e são resistentes à quimioterapia.

A melatonina possui ações cronobióticas, analgésicas, anti inflamatórias e anti oxidante no tratamento da dor aguda e crônica, sendo cada vez mais prescrita no dia a dia do consultório.

Nos eventos reprodutivos como a formação dos folículos ovulatórios (foliculogênese), atrofia dos folículos (atresia folicular), ovulação, maturação dos óvulos e formação do corpo lúteo, há envolvimento de radicais livres.

Recentes estudos têm demonstrado que a qualidade dos óvulos e dos embriões depende não só da formação genética e cromossômica, mas também do ambiente onde os óvulos se desenvolvem (fluido folicular que envolve os oócitos antes da ovulação).

Grandes quantidades de melatonina são encontradas no fluido folicular periovulatório (líquido que envolve o óvulo dentro do folículo), com concentrações maiores do que no sangue periférico.

Assim, a melatonina, com sua ação antioxidante, é essencial e tem papel benéfico no processo reprodutivo, melhorando a qualidade oocitária em pacientes inférteis, com endometriose e SOP (síndrome dos ovários policísticos), apesar de benefícios limitados.

Segundo a Sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia (SBEM), acumulou-se, nos últimos 20 anos, sólidas evidências experimentais e algumas clínicas, sobre o importante papel da melatonina na regulação do metabolismo energético.

Dado o enorme avanço nas pesquisas sobre o papel fisiológico da melatonina, seu uso e de seus análogos farmacológicos como agentes terapêuticos na clínica médica tem se expandido enormemente, ainda que, em muitos casos, esteja em fase de experimentação clínica.

Alguns questionamentos existem como quando (idade)seria o momento certo de repor o hormônio, qual horário (quanto tempo antes de dormir), qual dose e qual apresentação (sintética ou natural).

Tendo em vista a ação crono terapêutica, o momento e regularidade do horário do uso noturno deve ser respeitado.

Nenhum suplemento ou medicamento deve ser usado sem a indicação de um profissional e isso se aplica à melatonina.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

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Mioma, culpado ou inocente?

Mioma, culpado ou inocente?

(foto: Pixabay)

Culpar o mioma uterino parece oportuno mas não adequado, pois a retirada do útero pode não resolver todos os problemas femininos, como muitos pensam!

O mioma é um problema de saúde pública decorrente dos elevados custos financeiros (bilhões de dólares nos Estados Unidos) pelas internações,  cirurgias de retirada dos miomas (miomectomia) e cirurgias de retirada do útero (histerectomia).

O mioma conceitualmente é um tumor sólido, benigno, monoclonal, que se origina no miométrio e é constituído de células de musculatura lisa, com predomínio de tecido fibroblástico conectivo.

Embora não esteja claro para muitas pessoas, o mioma nasce mioma e o câncer nasce de um câncer a partir de uma célula do útero ou do próprio mioma.

Neste caso, o câncer chama-se leiomiossarcoma e tem uma chance de ocorrer em até 1/10000 mulheres.

A incidência do mioma varia em função da idade e da raça, sendo estimada em 60% e 80% nas mulheres negras aos 35 anos e aos 50 anos, respectivamente. Já nas mulheres de raça branca, ele acomete 40% aos 35 anos e 70% aos 50 anos de idade.

Os miomas apresentam um contexto heredo-familiar com iniciação devido a fatores genéticos juntamente com fatores hormonais responsáveis pelo seu crescimento.

Os principais sintomas o mioma uterino, são:

  • O sangramento uterino anormal (SUA), 
  • a dor por isquemia (torção, degeneração aguda) ou; 
  • compressão de estruturas (bexiga, ureter, intestino e plexos nervosos) 

São os principais sintomas em função da localização, da quantidade e do tamanho dos miomas.

A incidência de mioma isolado em mulheres inférteis sem uma causa óbvia de infertilidade é estimada em apenas 1 a 2.4%, gerando alguns questionamentos:

– Se encontrarmos um mioma em uma mulher infértil, podemos concluir que existe uma relação direta entre estes problemas?

– Será que melhoramos a fertilidade removendo o mioma?

Sim! Existem alguns fundamentos científicos – apesar de o mioma estar associado a vários problemas -, que também provocam infertilidade, como endometriose, adenomiose, fator ovulatório, fator tubário e o fator masculino, que dificultam esta análise isolada.

Como é realizado o diagnóstico dos miomas?

O diagnóstico pode ser confirmado através de exames complementares, como o ultra-som (US), a histerossalpingografia (HSG) nos casos de infertilidade, a histerossonografia, a ressonância nuclear magnética (RNM) e a histeroscopia, que vão nos ajudar a definir o tamanho e a localização.

Em relação aos exames de diagnóstico, podemos fazer uma analogia do útero com uma casa.

Quando entramos pela porta da frente estamos fazendo uma histeroscopia; quando olhamos a casa pela janela estamos fazendo uma HSG; quando estamos avaliando a estrutura, encanamentos, estamos fazendo um US; e, por último, a RNM, ao mostrar tecidos e órgãos adjacentes, estaria analisando também o terreno onde se encontra a casa.

Difícil de acreditar mas a maior parte das pacientes com miomas é assintomática, sendo frequentes os achados de rotina em exames de US. Eles acabam se tornando o bode expiatório de alguns sintomas ginecológicos.

A histerectomia por miomatose continua sendo umas das cirurgias mais realizadas, apesar do surgimento de terapias medicamentosas, novas tecnologias, novas técnicas cirúrgicas e, principalmente, o advento da cirurgia robótica, que vem facilitando a conservação de úteros muito volumosos já condenados.

O útero apenas obedece às ordens dadas pelos ovários, muitas vezes os verdadeiros culpados! Desta forma precisamos bloquear os ovários ao invés de retirá-los juntamente com o útero.

Se você possui um mioma e deseja ter filhos, ou preservar o seu útero, procure uma segunda opinião antes de se submeter a uma cirurgia radical.

Gustavo Safe é diretor e médico especialista em endometriose no Centro Avançado em Endometriose e preservação da fertilidade, Clínica Ovular fertilidade e menopausa e Instituto Safe. Estudioso dos assuntos relacionados à saúde da mulher com enfoque na dor pélvica, infertilidade, preservação da fertilidade, endometriose, endoscopia ginecológica e cirurgias minimamente invasivas.

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